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Medicina Regenerativa

Lombalgia
É chamado de lombalgia ou dor lombar baixa quadros de dores na região lombar. As lombalgias podem ser associadas ou não a dores ciáticas (lombociatalgia) – dores irradiadas para glúteo, coxa, perna e/ou pé.
De 60 a 90% da população tem ou terá em algum momento da vida esse tipo de dor. No Brasil, 50 milhões de brasileiros por ano apresentam tal queixa.
Os sintomas e sinais de lombalgia vão desde ligeiros desconfortos, dores, queimações, crises com “travamentos” e até incapacidade de ficar com o corpo ereto para caminhar ou até mesmo manter-se em pé.
A lombalgia esta associada a alguns fatores individuais a cada paciente: ganho de peso, má postura, fraqueza muscular abdominal e lombar, falta de condicionamento.

Durante as crises agudas ou na lombalgia crônica, a dor causa limitação na vida da pessoa, restringindo desde o trabalho, o lazer, as atividades diárias, o sono, a locomoção e até mesmo os cuidados pessoais. A limitação física e a mudança dos hábitos diários podem resultar em um sentimento de perda que impacta o humor e o estado mental, podendo levar a alterações psíquicas como irritação, depressão, ansiedade e desesperança, muito comuns nos quadros de lombalgia.
Fatores ocupacionais também estão entre as causas das lombalgias: sobrecarga excessiva na coluna por levantamento ou deslocamento de peso, permanência em posição sentada ou em pé por tempo prolongado.
Outras doenças frequentes de lombalgia são: fibromialgia, doença de Parkinson, artrite reumática e espondilite anquilosante.
O mais importante fator desencadeante das lombalgias é o SEDENTARISMO.
A maioria das lombalgias é considerada aguda, pois aparece de forma relativamente rápida, sendo caráter multifatorial, muitas vezes reversível apenas com repouso. A frequência dessas ocasiões tende a aumentar com o envelhecimento, ficando as crises mais intensas, podendo tornar-se um problema crônico. As lombalgias são classifocadas de acordo com o tempo de duração da seguinte maneira:
Lombalgias agudas: duração menor de 6 semanas
Lombalgias subagudas: duração de 6 a 12 semanas
Lombalgias crônicas: duração maior de 12 semanas
Dentre as possíveis causas de lombalgia podem-se citar:
Espondilogênicas (mecânicas): causadas por lesão da coluna vertebral ou paravertebral
Neurogênicas: causadas por lesão do sistema nervoso (cérebro, medula ou nervos periféricos)
Psicogênicas: causadas por lesões psicológicas que induzem a dor
Viscerogênicas: causas por distúrbios das vísceras abdominais
A flacidez muscular e a falta de condicionamento físico também podem gerar dores fortes e transitórias. Estas ocorrências geralmente estão relacionadas à sobrecarga e esforços que geram contraturas, distensão e inflamação local. Para uma musculatura mal condicionada, o acúmulo de ácido lático gerado pelo excesso de estresse mecânico e a falta de preparo físico podem “travar” as costas da pessoa após o movimento excessivo ou até mesmo deitado em repouso.
Um dos maiores causadores de dor lombar baixa é a degeneração dos elementos da coluna (lombalgia espondilogênica). Entre eles está o disco intervertebral, que funciona como um amortecedor das cargas que sofrem diariamente as vértebras. Com o passar dos anos, o disco envelhece e desgasta, desidratando e tornando-se mais rígido e quebradiço, não conseguindo resistir às tensões exercidas sobre ele. Esse processo é chamado de degeneração discal. No processo degenerativo, o disco pode inflamar e gerar uma dor profunda nas costas, chamada de dor discogênica. Além desta dor nas costas, a degeneração do disco pode levar às hérnias de disco, que são extrusões do núcleo do disco intervertebral em direção aos nervos, gerando sintomas irradiados para os membros inferiores.
A progressão da degeneração e a consequente movimentação anormal (não fisiológica) da coluna podem gerar outras condições da coluna, como a espondilolistese, a degeneração das facetas articulares, osteofitose (bicos de papagaio) e escoliose degenerativa. Além disso, a musculatura passará a ser excessivamente exigida, sofrendo um processo crônico de fadiga muscular e, consequentemente, dor nas costas.
Outra patologia associada à idade e a dores nas costas são as fraturas osteoporóticas. Com a perda da qualidade óssea e condicionamento físico inadequado, o excesso de peso corporal ou pequenos traumas podem gerar fraturas dos corpos vertebrais, que colapsam e causam lombalgias de forte intensidade.
LOMBALGIA NO TRABALHO - DOENÇA OCUPACIONAL
Trabalhos que exiges muito tempo sentado ou em pé, carregamento de carga excessiva, vibração ou posturas não ergonômicas podem estar relacionadas à lombalgia nos casos em que o preparo físico ou o peso corporal do paciente não sejam ideais. O dia-a-dia diz muito sobre a condição dolorosa que a pessoa pode estar passando.
TRATAMENTO DAS LOMBALGIAS
Os tratamentos para lombalgia variam de acordo com as causas e o grau da condição clínica do paciente. Usualmente o tratamento inicial é conservador, utilizando-se REPOUSO POR CURTOS PERÍODOS (2 a 3 dias), medicações de variadas classes analgésicas e fisioterapia focada para analgesia. As classes medicamentosas mais utilizadas são os analgésicos simples, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
Passada a fase aguda, sugere-se reforço muscular orientado, com o objetivo de se prevenir o avanço da degeneração discal e dividir a carga vertebral com a musculatura adjacente. Nessa fase, o uso de medicações de uso crônico são bem vindas e são introduzidas de acordo com o perfil de cada paciente.
Alguns casos mais graves, e dependendo da patologia associada à lombalgia, cirurgias podem ser recomendadas.
Mas lembre-se: para saber qual o melhor tratamento indicado para sua patologia, o paciente deve sempre procurar um médico especialista.
